segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Um pouco sobre a escola Deusa Bastet
Na mitologia egípcia, Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ailuros (palavra grega para "gato") é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres grávidas. Também tinha o poder sobre os eclipses solares. Quando os gregos chegaram no Egito, eles associaram Bastet com Artemis e ela deixou de ser a deusa do sol para ser a deusa da lua.
A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o sistro, instrumento musical sagrado. Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias. Podia também ser representada como um simples gato.
Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana. O que acabou originando a deusa Bastet.
Fonte:Wikipedia
A escola deusa bastet, de dança orientais, defende o estilo tradicional ou seja a essência da verdadeira dança do ventre.
Nossa orientadora professora Michelli Nahid, é a responsável pelo treinamento das nossas professoras.
Conheça agora um pouco do trabalho da Professora e diretora da escola Deusa Bastet:
Marynnah, especializada em dança do ventre e tribal, tendo seus aperfeiçoamentos com a mestra Rachel Brice:
Venha conhecer o Studio Deusa Bastet, e venha conhecer a essência da verdadeira dança do ventre.
http://www.deusabastet.com.br/
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Antigas divas da dança do ventre
Tahia Carioca tornou-se uma das lendas da dança oriental. Mohamed Karim, seu pai, exerceu sobre ela duas influências: seu amor pela arte e em segundo seus vários casamentos. Seu pai casou 7 vezes e mais tarde, Tahia oficialmente dobrou o número de seu pai, casando-se 14 vezes. Ela foi chamada Carioca na ligação que teve com o samba brasileiro, na qual ela desenvolveu seu estilo no início da década de 30 quando se apresentou no cassino de Badia Massabni. Ela se tornou fascinada pelo ritmo brasileiro e pediu ao seu músico que tocasse algo similar. Tahia trouxe para os seus shows os ritmos latinos. A concorrência no Cabaret de Badia era dura, especialmente contra Samia Gamal que também dançava lá no início de sua carreira.
Foi uma das melhores bailarinas do Egito, extremamente audaz, recusou-se a dançar para o ditador turco Kamal Ataturk, o qual a proibiu de entrar na Turquia, também se recusou a dançar para Nazli, rei do Egito. Durante a ultima guerra mundial, exerceu um importante papel, foi responsável por grandes ajudas e donativos.
Na maioria das vezes, as apresentações de Carioca eram de 20 a 25 minutos. Mas a fama de Tahia foi rápida, entre 1930 e 1940, desta maneira, se estendeu até o Rei do Egito, Farouk, que a convidou para dançar no seu aniversário. Seu estilo era totalmente diferente de sua rival, Samia Gamal. O primeiro filme que Tahia fez foi "La Femme et le Pantin", lançado em 1935 e depois participou de mais de 120 filmes, como também, de teatro e novelas. Tahia era uma mulher determinada. Ela era uma grande dançarina! Ninguém conseguiu alcançar sua virtuosidade, seu jogo de palavras, gestos e seu jeito irônico de flertar. Ela deixou sua família em Ismaila depois de uma discussão com seu pai e aos 12 anos partiu de trem para o Cairo. Aos 31 anos já era considerada uma lenda da dança oriental! Tahia provou ser uma fonte de inspiração para toda uma nova geração de dançarinas.
Quando abandonou a dança, fundou um grupo teatral, a primeira obra que apresentou foi a vida de Shafiqa La Copta, peça de teatro de quatro partes que obteve um grande êxito. Tahia faleceu no dia 20 de setembro de 1999, aos 79 anos de ataque cardíaco.
Diziam que ela tinha metade de sua inteligência nos pés e a outra metade na cintura.
Seu video
Samia Gamal
Samia Gamal nasceu em Wana, uma pequena cidade egípcia, em 1924. Meses depois, mudou-se com sua família para o Cairo.
Anos depois conheceu Badia Masabni, que a convidou para integrar sua companhia de dança e a trabalhar em seu cassino. Samia aceitou.
Foi Badia quem lhe deu o nome de Samia Gamal, já que seu nome de nascimento é Zainab Ibrahim Mahfuz.
Primeiramente estudou com Badia, e com a então estrela do momento, Tahiya Carioca. Mas ela logo se tornou uma solista respeitada e criou seu próprio estilo.
Samia Gamal incorporou técnicas do balé (como giros e deslocamentos) e de danças latinas em suas performances.
Ela foi a primeira bailarina de dança do ventre a dançar de salto alto, e também tornou o uso do véu muito popular.
Estrelou diversos filmes egípcios ao lado do famoso cantor e ator Farid Al Attrach, como "I Love You" em 1949 e "Afrita Hanem" em 1950. Eles ainda tiveram um romance na vida real, mas não se casaram. O romance rendeu também muitas canções.
Em 1949, o rei egípcio Farouk proclamou Samia Gamal “A Bailarina Nacional do Egito”, que trouxe atenção dos EUA para a bailarina.
Em 1950 Samia foi para os EUA e foi fotografada por G. John Mili. Ela ainda dançou no The Latin Quarter, um nigthclub em Nova Yorque.
Depois, Samia casou-se com o milionário texano Sheppard King III, que se converteu ao islamismo por sua causa, mas esse casamento não durou muito.
Em 1958 Samia casou-se com Roshdy Abaza, um dos mais famosos atores egípcios, época na qual fizeram alguns filmes juntos.
Outro filme internacional que Samia trabalhou foi “Ali baba e os quarenta ladrões”, do diretor francês Jacques Becker.
Samia Gamal parou de dançar em 1972 quando estava perto dos 50 anos, mas começou novamente depois, por sugestão de um amigo, Samir Sabri. Ela então dançou até perto da década de 1980.
Ela dizia: "Dança, dança, nada além da dança. Eu dançarei até morrer!".
Samia Gamal faleceu no dia primeiro de Dezembro de 1994, no Hospital de Mirs no Cairo, aos 70 anos.
Samia Gamal, ao lado de Tahia Carioca, é considerada uma das mais famosas dançarinas do mundo. E foi a responsável por levar a Dança do Ventre para Hollywood e Europa.
É elogiada e lembrada por seu estilo charmoso e sedutor ao dançar, pela expressividade de seus olhos, bem como pelo quadril leve e solto.
Segue video dessa diva, vocês fãs da dança do ventre, é muito importante estudar as bailarinas antigas.Elas trazem a essência da verdadeira dança do ventre.
Nagwa Fouad
Quando se mudou para o Cairo já gostava de dançar e fazia pequenas apresentações, e percebeu que na capital poderia tornar-se bailarina profissional.
Aprendeu música e dança ocidental. Também foi cantora, artista de teatro e cinema.
O primeiro filme que fez foi "Sharei El Hob" (La Calle del Amor), que contou com a participação de alguns músicos como o cantor Abdel Halim Hafiz com a canção "Olulu".
Nagwa Fouad fez a primeira aparição dela no filme com esta música. E na opinião do derbakista Hossam Ramzy foi o mais próximo da melhor demonstração natural de como dança uma jovem egípcia comum. Segundo ele a dança de Nagwa foi “perfeitamente inocente, cheia de amor, emocionalmente bem expressada, traduzindo cada parte da música de uma maneira maravilhosa e retratando o argumento da história em uma atuação magistral que deve ser vista para se crer”.
Com este filme Nagwa e Abdel Halim Hafiz tornaram-se famosos e ela tornou-se a bailarina oficial de Abdel, acompanhando-o em todos os seus shows.
Em 1976 o lendário compositor Mohamed Abdel Wahab também escreveu uma música especialmente para ela: Arba´ Tashar. (colocar trecho da música no site; fazer propaganda do cd para vender no site).
Ela se apresentou na Europa e Estados Unidos, onde então fundou uma escola de dança oriental em Nova Yorque. (Esta escola ainda existe?). Vender DVDs dela no site.
Reservava em suas apresentações sempre um momento do show especial para o violino.
Fez muito sucesso como bailarina nas décadas de 50, 60, 70, 80 e 90.
Mas no início de 1992 retirou-se definitivamente da dança para consagrar-se no cinema.
Souhair Zaki
Souhair Zaki nasceu em 1944, em Mansoura, Egito, onde viveu com sua família.
Sua paixão pela dança surgiu desde criança, embora não tenha tido influencia da família, e muito menos a aprovação de seu pai.
"Eu costumava ir direto da escola para o cinema, para assistir Tahia Carioca e Sâmia Gamal na grande tela. Eu até mesmo cortei meu cabelo e arrumei para ficar parecida com Fairuz", diz Souhair, referindo-se a uma estrela mirim do cinema egípcio.
Aprendeu a dançar sozinha e começou a se apresentar em casamentos e festas familiares desde criança.
Aos 9 anos (em 1953) se mudou para a Alexandria juntamente com sua família.
Ela foi a primeira bailarina a dançar músicas de Om Khalthoum, uma das maiores cantoras da história da música árabe.
Também dançou para muitas autoridades como o ministro de defesa da Rússia e o presidente Nixon dos EUA. E participou de alguns filmes.
O estilo de dança de Souhair era natural e simples, o oposto de algumas bailarinas, como a Nagwa Fouad.
Como nos diz Raqia Hassan: "Souhair Zaki resume a dança natural. Seu apelo está em sua simplicidade: ela traduziu a música de forma precisa e natural, sem excessos ou sem excessos ou exibicionismo. Seus passos têm resistido aos anos, e são ensinados até hoje. Ela sempre foi autêntica apresentando-se e fingir nunca fez parte do seu estilo. Do mesmo jeito que a vê hoje, ao vivo, calma, tranqüila para conversar e educada, ela sempre foi assim em cena".
Souhair tornou-se uma das bailarinas mais famosas dos anos 60 e 70 no Egito, tanto no cinema como no palco.
Fez parte da chamada Idade de Ouro da Dança do Ventre, tornando-se uma lenda da Dança Oriental, assim como Tahia Carioca e Samia Gamal.
Apesar de não mais se apresentar, Souhair ainda é muito querida pelos egípcios, pois ainda exerce seu carisma e simpatia.
Souhair se recorda da época em que dançava: "Aqueles dias nunca mais voltarão atrás. A atmosfera, os clientes, os convidados. Onde estão eles agora? A dança Oriental foi minha vida. Eu tenho meu filho e meu marido. Mas as melhores memórias de minha vida são todas da dança".
Conheça mais sobre esta grande bailarina e vendo seu video:
Fifi Abdo começou dançando em casamentos aos vinte anos.
No ano de 1972 fez sua primeira aparição no cinema como bailarina e atriz.
É grande admiradora de Tahia Carioca, sobre a qual inclusive estava planejando fazer um filme ou uma novela.
Teve sua fama consagrada após participar do filme "Una mujer no es suficiente", atuando com atores famosos da época, no ano de 1989.
Fifi abdo também trabalhou no teatro, fazendo peças musicais, onde misturava dança, teatro e música.
Ficou bem conhecida pelos seus shimies. No entanto, há quem a critique dizendo que seu repertório de passos é limitado.
Ela é muito admirada por muitos, e também odiada por outros, que alegam que seu comportamento é vulgar e provocativo.
O que se deve ter em mente é que Fifi sempre foi uma bailarina polêmica, tendo sido envolvida em uma série de escândalos.
Ela tem 6 empresários, e diz-se que as polêmicas que giram em torno dela não passam de jogos de marketing planejados por seus empresários.
Fifi contribuiu muito para melhorar a situação das bailarinas no Egito, pois que, entre outras coisas, criou um sindicato de bailarinas no pais, com o intuito de garantir e reivindicar direitos às tão mal vistas e mal faladas profissionais da área. Em conseqüência disso, Fifi Abdo passou a se apresentar acompanhada de seguranças para se preservar de escândalos e se proteger.
Seu lado humanitário não deve ser esquecido: no mês do Ramadan, Fifi oferece comida e bebida aos pobres, que ela mesma prepara em grandes mesas na rua.
Veja video de Fifi interpretando o instrumento alaúde:
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Simbolos misticos
Olho de Hórus é um símbolo, proveniente do Egito Antigo, que significa proteção e poder, relacionado à divindade Hórus. Trata-se de um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas.
Amuleto com o olho de Hórus, no Museu do Louvre, França.Segundo a lenda de Osíris, na sua vingança, Set arrancou o olho esquerdo de Hórus que foi substituído por este amuleto, que não o dava visão total então colocou também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua recuperação, Horus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Set.
O Olho de Hórus e a serpente simbolizavam poder real tanto que os faraós passaram a maquiar seus olhos como o Olho de Hórus e a usarem serpentes esculpidas na coroa. Os antigos acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma. Este símbolo aparece no reverso do Grande selo dos Estados Unidos da América,sendo também um símbolo frequentemente usado e relacionado a Maçonaria.
O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta, factual, controlada pelo hemisfério cerebral esquerdo. Ele lida com as palavras, letras, e os números, e com coisas que são descritíveis em termos de frases ou pensamentos completos. Ele aborda o universo de um modo masculino.
O Olho Esquerdo de Hórus representa a informação estética abstrata, controlada pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos e é responsável pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino. Nós usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina, o lado direto do cérebro, para os sentimentos e a intuição.
Hoje em dia, o Olho de Horus adquiriu também outro significado e é usado para evitar o mal e espantar inveja (mau-olhado), mas continua com a idéia de trazer proteção, vigor e saúde.
Fonte: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_de_H%…
Protege contra todas as energias negativas como o mau-olhado ou a inveja e traz boa sorte.Na Grécia as pessoas acreditam que uma pedra azul neutraliza a inveja e o mau-olhado. As energias negativas são transformadas em energias positivas e devolvidas a quem tenha desejado o mal.O Olho simboliza o olhar de Deus que nos ilumina, protege, combate a negatividade e transmite a paz.Em todos os lares gregos existe um Olho Grego. Também é usado nos escritórios e nos carros ou como pingentes, porta-chaves, colares, pulseiras, etc.Quando existe algum "mau-olhado", o olho absorve a energia e pode vir a quebrar-se.
Se protege mesmo, lembre-se: È a sua fé que faz acontecer!
Daruma
As bonecas de Daruma (Daruma é curto para Bodai Daruma, a rendição japonesa do nome) são descrições roly-polis vermelhas do papier-mâché de Bodhidharma. Como o Bodhidharma não têm nenhum braço ou pé e sentam-se em uma pose meditative com os grandes, olhos olhando fixamente e as nenhumas pálpebras. Quando batido em seu lado, os PNF da boneca de volta à posição ereta (daqui “tumbler” boneca, ou do “ao koboshi okiagari ") assim transformou-se um símbolo do optimismo, da boa fortuna e da determinação forte. A boneca vem em muitos tamanhos - o tamanho padrão é maior do que um basquetebol. Quando a maioria de bonecas de Daruma forem masculinas, algumas localidades japonesas têm Daruma fêmea (de” daruma ehime” ou da “daruma princesa ").
No ano novo, muitos indivíduos e corporaçõs japoneses compram uma boneca de Daruma, fazem uma definição, e pintam-na então em um dos olhos. Se, durante o ano, podem conseguir seu objetivo, pintam no segundo olho. Muitos políticos, no início de um período da eleição, comprarão uma boneca de Daruma, pintura em um olho, e então, se ganham a eleição, pintam-na no outro olho. No final do ano, é habitual tomar a boneca de Daruma a um templo, onde seja queimado em uma fogueira grande.
A História de Ganesha
HISTÓRIA DO GANESHA
Ganesha pertence à família dos deuses mais populares do Hinduísmo. Ele é o primogênito de Shiva e Parvati. Shiva é a terceira pessoa da trindade hindu. É o Deus da renovação, destrói para construir algo novo (transformação). Ele é o criador da Yoga. Parvati é a filha dos Himalayas. Deusa da beleza, mãe bondosa e mulher devotada. Shiva tem alma aventureira e adora viajar montado em sua vaca branca Nandi. Infelizmente, os lugares que ele mais gosta são as montanhas inacessíveis e perigosas. Adora também os crematórios, mas sua paixão é a meditação e a Yoga. Quando pratica a Yoga, nem mesmo um terremoto o perturba.
Por algum tempo depois de seu casamento com a bela Parvati, vivendo em um bangalô no Himalaya, longe da civilização, Shiva começava a sentir falta de suas viagens; foi quando Parvati, já desconfiada, pergunta-lhe: — Shiva, por que não viaja por uns tempos? Não sente saudades dos seus companheiros? — É que quando estou perto de você, não sinto falta de nada. E, na verdade, todos os meus companheiros estão em torno da casa, eles nunca se afastam de mim. Eu não quero assustá-la, mas todos os fantasmas, demônios e gnomos, apesar de estarem invisíveis e quietos, estão presentes. Espero apenas que não peça para mandá-los embora, pois são como crianças e sabem o quanto te amo.
— Claro que não Shiva, podem ficar. Mas e a sua meditação? Ela era sua maior ocupação. Shiva, no fundo, sabia que ela estava certa e que tinha muita saudade das montanhas, onde sentava para meditar. E sabia que fora através da meditação que conseguiu se transformar em um Deus tão poderoso. Shiva então, depois de uma longa conversa, decidiu sair para meditar. Feliz, Shiva coloca sua pele de tigre na cintura, enrola suas cobras favoritas no pescoço, apanha seu tridente e sai montado em sua vaca, Nandi, seguido de seus estranhos companheiros. Mas não podemos nos esquecer que quando Shiva medita, é impossível despertá-lo. E foi isso que aconteceu, muito tempo se passou. Quando, finalmente, Shiva se levantou da posição de lótus, lembrou-se de sua Parvati e correu de volta para ela. Nesse ínterim, Parvati transformara aquela simples choupana num lugar muito confortável e bonito. E nem ficou sozinha por muito tempo. Shiva não sabia, mas a tinha deixado grávida. E no tempo certo, deu à luz um lindo bebê, Ganapati. Os anos passaram-se, o deus bebê cresceu e se transformou num rapazinho muito inteligente. Numa manhã de primavera, Parvati estava tomando banho enquanto Ganapati mantinha-se perto do portão, aguardando sua mãe. Neste instante um homem alto, com cabelos longos, um monte de cobras enroladas em seu pescoço e vestido com uma pele de tigre e uma aparência selvagem, aproxima-se do portão.
Shiva parou e olhou com estranheza para o bangalô. "Será que esta casa linda era mesmo a sua? E quem seria aquele rapaz parado no portão?" Deixe-me entrar! — disse Shiva, impaciente e descortês. — Não — respondeu Ganapati — Você não pode entrar! Empurrando o rapaz para o lado, Shiva atravessou o jardim e foi direto para casa. Ganapati sabia que sua mãe estava tomando banho, e aquele homem rude não poderia entrar em sua casa. Ele correu e se postou à porta, de espada em punho. Pobre menino! Que hora mais infeliz para provocar a ira do pai! E Shiva, nesse momento, perdeu completamente as estribeiras e seu terceiro olho, o do poder, apareceu no meio de sua testa, brilhando como fogo, e em segundos o corpo do rapaz jazia sem cabeça no chão. Ouvindo vozes e gritos, Parvati apressou-se e saiu correndo do banho. Ao abrir a porta, viu horrorizada o corpo do filho estendido sem cabeça; e em sua frente, o marido, que há tanto se fazia ausente. Shiva corre para abraçá-la; e ela, desviando-se do abraço, chora amargamente. — Mas o que você fez? — O que você fez? Ela repetia, torcendo as mãos em desespero. — Este era o seu filho, e você o destruiu!
Só então Shiva caiu em si e se entristeceu de verdade. Logo tentou confortá-la:
— Nosso filho é um Deus; portanto, não pode estar morto. Encontra-se apenas desmaiado. Mas Parvati não queria ouvir nada daquilo e lhe disse:
— Você o destruiu! De que serve um Deus sem cabeça? Shiva tentou da melhor forma que podia dizer-lhe que não tinha feito nenhum mal ao rapaz. Parvati insistia com Shiva para que ele colocasse a cabeça de seu filho no lugar, mas Shiva dizia que não podia desfazer o que já estava feito. E Parvati chorava muito... Então Shiva teve uma idéia: capturar o primeiro animal que encontrasse e tirar sua cabeça para colocá-la sobre os ombros de seu filho. Foi quando encontrou um elefantinho bebê, tirou sua cabeça e a colocou em Ganapati; e naquele momento, o nome do rapaz passou a ser Ganesha. Parvati tentou de diversas formas mudar o acontecido e pedia para outros Deuses que dessem ao seu filho uma cabeça decente.
Então os deuses pediram à linda Parvati que secasse suas lágrimas e tudo se resolveria. Brahma, que adora as crianças, Vishnu e Indra pediram à Parvati que perdoasse Shiva, pois ele não sabia o que estava fazendo e deixaram bem claro que Ganesha não perderia nada com isso. Apesar de não ser mais tão atraente, todos o reconheceriam pela sua bondade e o amariam pelo que ele era. Brahma prossegue:
Ganesha será o Deus da sabedoria, será o Escrivão dos céus e o Deus da literatura. Acrescenta, Vishnu:
Será o Deus que removerá todos os obstáculos, e será para Ganesha que todos rezarão em primeiro lugar, antes de invocar qualquer outro Deus. Será o Deus que sorrirá com boa fortuna para todas as empresas novas. E é assim que tudo aconteceu...
Fonte:Madras Editora
Amor, ou apego?
Para reflexão:
Por que você precisa de alguém?
Você tem medo de sua própria solidão, você fica entediado consigo mesmo.
E realmente, quando você esta sozinho, nada parece ter sentido.
Com alguém, você fica ocupado e cria sentidos artificiais a sua volta.
Você não precisa viver para si mesmo, então começa a viver para uma outra pessoa. E o mesmo é o caso com a outra pessoa... ele ou ela não pode viver só, então procura alguém... e outros...
Duas pessoas com medo de suas próprias solidões se juntam e começam a jogar um jogo de amor. Mas no fundo elas estão procurando apego, compromisso, cativeiro.
Diretamente não se pode pedir por escravidão, é muito humilhante.
E diretamente não se pode dizer a alguém: "Torne-se meu escravo".
A pessoa se revoltaria!
Nem se pode dizer: "Quero me tornar seu escravo".
Assim, você diz: "Não posso viver sem você". Mas o significado está presente, ele é o mesmo. E quando o desejo real é satisfeito, o amor desaparece, o amor falso (deixo claro). Então você sente o cativeiro, a escravidão, e começa a lutar para se livrar.
Lembre-se disto este é um dos paradoxos da mente: tudo o que você obtém, você se entedia, e tudo que você não obtém, você o almeja. Quando está só, almeja alguma escravidão, algum cativeiro. Quando está aprisionado, começa a almejar a liberdade. Realmente somente os escravos almejam a liberdade, e pessoas livres novamente tentam ser escravas. A mente segue em frente como um pêndulo, vendo-se de um extremo a outro. O amor se torna apego. O apego era necessidade, o amor era apenas a isca. Você estava procurando um peixe chamado apego e o amor era apenas a isca para apanhar o peixe. Quando o peixe é pego, a isca é jogada fora. Lembre-se disso, e sempre que você estiver fazendo alguma coisa, vá fundo dentro de você mesmo para descobrir a causa básica.
No momento em que você deixa de ser dependente de alguém, uma profunda serenidade e um profundo silêncio se estabelecem em seu interior. Isso não significa que você deixa de amar. Pelo contrário, pela primeira vez você conhece uma nova qualidade, uma nova dimensão do amor, um amor que está mais próximo da afabilidade do que de qualquer relacionamento. "Osho"
Fonte:- http://www.josephinewall.co.uk/josephine.html
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